domingo, 8 de junho de 2008

O Olho da Lagosta


Existem muitos tipos diferentes de olhos no mundo vivo. Nós estamos habituados ao olho "tipo câmera", encontrados nos vertebrados. Essa estrutura funciona sob o principio da refração da luz, qual cai sobre as lentes e é focada em um ponto no interior do olho.

No entanto, os olhos possuídos por outras criaturas funcionam de métodos diferentes. Um exemplo é a lagosta. O olho de uma lagosta funciona sob o principio da reflexão e não da refração.



A característica mais notável do olho dessa criaturinha é a sua superfície, que é composta por inúmeros retângulos. Conforme mostrado na figura abaixo, esses retângulos estão posicionados precisamente.

O olho de uma lagosta mostra uma geometria extraordinária não encontrada no restante da natureza, ele tem minúsculas facetas que estão perfeitamente enquadradas, de modo que "parece como um papel gráfico".

Esses retângulos bem organizados são, de fato, as extremidades desses minúsculos tubos formando uma estrutura semelhante a uma colméia. A colméia é feita, geometricamente, de hexágonos. No olho da lagosta, em vez de hexágonos, existem quadrados.

Ainda mais intrigante é que cada lado desses tubos quadrangulares é como espelhos, que refletem a luz recebida. Essa luz refletida é focada para dentro da retina. Os lados dos tubos, no interior do olho, estão alojados em ângulos tão perfeitos que todos focam para o mesmo ponto.

A natureza extraordinária do design desse sistema é perfeitamente incontestável. Todos esses perfeitos retângulos têm uma camada que funciona como um espelho. Além do mais, cada uma dessas células estão localizadas com uma precisão geométrica incrível, para que todos os alinhamentos que eles foquem concentrem a luz em um ponto único.

Isso é exemplo de uma "Complexidade Irredutível".

Se qualquer uma das características (como cada faceta no olho que é retangular, o espelho de cada unidade ou a camada posterior da retina) fossem eliminados, o olho nunca poderia funcionar. Por isso, o olho não pôde ter surgido por “passo a passo”.

Um fato interessante surge quando olhamos para criaturas com estruturas oculares semelhantes. O olho refletor, do qual o olho da lagosta é um exemplo, é encontrado somente em um grupo de crustáceos, os chamados Decapodas, que possuem um abdômen longo. Essa família inclui as lagostas, camarões e caranguejos.

Os outros membros do filo Crustáceo demonstram a estrutura ocular do tipo refratora, que funciona sob princípios completamente diferentes dos de olhos do tipo "refletores". Aqui, o olho é composto de centenas de células como uma colméia. Ao contrário das células retangulares nos olhos das lagostas, essas células podem ser hexagonais ou redondas.


No mais, em vez de refletir a luz, as pequenas lentes nas células refracionam a luz para o foco sobre a retina. As maiorias dos crustáceos têm o olho do tipo "refrator" e somente um grupo de crustáceos, nomeados de Decapodas, têm os olhos do tipo "refletor".

Isso não é nada mais que a manifestação do infinito conhecimento, sabedoria e poder de Deus.




J.R.P. Angel, Lobster Eyes as X-ray Telescopes�, Astrophysical Journal, 1979, 233:364-373, cited in Michael Denton, Nature�s Destiny, The Free Press, 1998, p. 354.

Michael F. Land, "Superposition Images Are Formed by Reflection in the Eyes of Some Oceanic Decapod Crustacea", Nature, 28 October 1976, Volume 263, pages 764-765.

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