domingo, 1 de junho de 2008

O Desenvolvimento do Esperma

A fim de fertilizar o óvulo, cerca 200-300 milhões de espermatozóides são feitas prontas para a jornada. Este é um número surpreendente, mas existe uma importante razão para ele. Como veremos detalhadamente mais tarde, um enorme número desses espermas que entram no corpo da mãe morrem no caminho, e o número de esperma que são capazes de alcançar o óvulo é muito pequeno. Conseqüentemente, o grande número de esperma previne o risco da fecundação do ovo não bem sucedida. Esse exército de milhões de espermatozóides individualmente são produzidos nos órgãos reprodutores dos machos, chamados de testículos. Os espermas atravessam vários estágios durante sua produção nos testículos e, a fim de sobreviver, o local onde eles são produzidos deve ser fresco. A temperatura normal do corpo humano é 37ºC. Essa temperatura mataria o esperma, portanto, o esperma não pode viver dentro do corpo.
Uma das mais notáveis características dos testículos é que eles se encontram na parte externa do corpo. Por causa deste design extremamente especial, criado por Deus no corpo masculino, o esperma tem um lugar especialmente preparado para sua produção.

Os testículos são compostos por um sistema de pequenos tubos. Este sistema de tubos ocupa um grande espaço que permite que milhões de espermas sejam produzidos rapidamente e um lugar onde eles possam ser facilmente armazenados. A razão pela qual o esperma é rapidamente produzido e armazenado é compreensível quando nós consideramos que, para um ovo ser fertilizado, é necessário a produção de 200-300 milhões de espermas.

Quando pensamos acerca do número de espermas produzidos, podemos chamar os testículos de fábricas em miniatura. Para produção de esperma eles têm quase 1.000 pequeno tubos com um comprimento total de aproximadamente 500 metros. Esses tubos são chamados de "túbulos seminíferos". Cada um deles mede cerca de 50 cm. São longos, contém as primeiras células que eventualmente produzirão o esperma.

Os túbulos seminíferos são alinhados com espermatogônios (células primitivas da formação do esperma) em vários estágios do desenvolvimento. Posteriormente, essas células começam a se multiplicar, primeiramente por mitose e depois duas vezes por meiose. Antes da fertilização, a célula se divide por meiose e baixa pela metade o número de seus cromossomos, de modo que o bebê receba 23 cromossomos do pai.

No final destas divisões, quatro células chamadas "espermátides" são formadas, as quais ainda não são capazes de fertilizar um óvulo. Para que estas células contendo 23 cromossomos, sejam capazes de desempenhar suas funções fertilizantes, elas deverão passar por novas alterações.

Um grupo de células tem sido posta em prática para corresponder com essa necessidade especial do aparelho reprodutor do masculino e para ajudar no desenvolvimento das células das espermátides no momento certo. Com duas ou três semanas depois da meiose ter ocorrido, as células das espermátides serão transformadas pelas células "enfermeiras" (células de Sertoli) que as arrodeiam.

Células de Sertoli têm a função de apoiar e nutrir as células espermáticas imaturas dando-lhes materiais nutritivos, hormônios e enzimas que são necessárias para causar alterações apropriadas nas espermátides. Na última fase deste processo, a qualidade peculiar para o desenvolvimento ter sido completo, é: a cauda, a cabeça e o cromossomo. A parte da cabeça é preenchida com enzimas.

Todo esse trabalho de transformação é realizado pelas células de Sertoli encontradas no interior das paredes dos túbulos. Estas células têm prolongamentos citoplasmáticos e são bastante largas. Elas realizam firmemente o desenvolvimento das células das espermátides em seus prolongamentos, assegurando que elas serão bem injetadas em seu próprio citoplasma. Desta maneira, as células de Sertoli fornecerão a nutrição e o monitoramento durante o seu desenvolvimento.

Na foto abaixo, nós vemos em detalhe o lóbulo do testículo.

Neste processo que foi brevemente descrito, realmente um grande milagre ocorre. O esperma, que assegura a continuação da raça humana é levado à existência graças às células de Sertoli, que são compostas por proteínas e ácidos nucléicos.


Abaixo, nós vemos o sistema de pequenos ductos que compõe os testículos (túbulos seminíferos). Estes pequenos ductos contêm as primeiras células espermáticas que mais tarde se transformarão definitivamente em espermatozóide.

Vamos pensar um momento. O fato de uma célula de Sertoli, sem inteligência ou consciência, sem olhos, ouvidos ou um cérebro, poder dedicar-se a tal obrigação é realmente uma maravilha. O fato também de tal processo ocorrer prova que a célula está sob a direção de uma Inteligência Suprema, sem dúvidas.

Além do que, estas células estão exatamente no lugar apropriado, (isto é, nos túbulos seminíferos, onde os espermas se desenvolvem) e elas possuem exatamente as qualidades necessárias (por exemplo, elas são mais largas que as espermátides), ou seja, é mais uma das milhares de provas de um sistema inteligente expresso no corpo humano.

Deus tem colocado cada uma, das aproximadamente 100 trilhões de células que compõe o corpo humano, no seu devido lugar. Ele tem dado a cada uma as qualidades necessárias. E, Ele tem dado a cada uma um instinto para fazer seu trabalho perfeitamente.


Os túbulos seminíferos, uma idéia detalhada da estrutura que está acima, asseguram a produção de esperma.
Direita: uma visão de seção transversal dum túbulo seminífero sob um microscópio eletrônico.
Esquerda: A estrutura de um túbulo seminífero, mostrando o desenvolvimento das células espermáticas em vários estágios.



Arthur C. Guyton, John E. Hall, Textbook of Medical Physiology, 10th ed., Harcourt International Ed., PA, 2000, Arthur C. Guyton, John E. Hall, Human Physiology and Mechanisms of Disease, 6th edition, p. 649.

Arthur C. Guyton, John E. Hall, Textbook of Medical Physiology, 10th ed., Harcourt International Ed., PA, 2000, p. 916.

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